sexta-feira, 29 de junho de 2012

Capela Nossa Senhora da Guia

Não existem indicações precisas sobre a data de construção da capela, no entanto este monumento, foi referenciado numa lista de bens pertencentes ao Mosteíro de Guimarães, em 953.

O propósito inicial deste edíficio foi o de criar um local de resguado e defesa junto á barra de Vila de Conde, precavendo a cidade de eventuais ataques marítimos.

Possuí uma planta irregular composta e no seu interior, encontra-se azulejos do séclo XVII e XVIII, e algumas imagens dos mais variados santos, incluindo de Nossa Senhora da Guia, santa adorada dos devotos, que tem uma especial relação com a comunidade pescatória na cidade, pois orienta aos seus crentes o caminho devido e acertado.

Reza a lenda popular que Senhora da Guia era a Senhora de Candeias de Navais, que fugira da cidade vizinha e apareceu nos penedos da praia junto da barra na forma de pomba, local onde foi então edificada a actual capela.


Fotos cedidas por Joaquim Gomes - http://web.mac.com/jfagomes


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Siglas Poveiras

Na cidade da Póvoa de Varzim , são várias as atracções turísticas, desde das praias ao casino, passando pela gastronomia local ou pelo Monte de São Felíx.

No entanto, alguns curiosos pormenores da cultura Poveira podem escapar á vista do turista mais desatento, exemplo disso são as siglas Poveiras, utilizadas em tempos como forma de comunicação, nos dias de hoje é difundida em gravações integradas nos mais variados contextos, desde placas informativas ao piso de algumas praças.

Esta forma primitiva de comunicação foi aqui transmitida à mais de mil anos pelos Vikings, e singrou entre a população, pois esta era analfabeta e tinha então esta escrita como forma de comunicação.

Cada família tinha uma sigla representativa, que servia essencialmente para simbolizar um acontecimento, uma dívida ou um bem. Por exemplo, os barcos eram identificados na parte exterior com a sigla correspondente á família proprietária da embarcação, também o peixe capturado era marcado com a respectiva sigla do pescador, de forma a mais facilmente identificar o seu dono, ou até mesmo nos casamentos, as siglas das duas famílias eram inscritas num móvel da igreja Matriz para assinalar a união.

O brasão era passado de geração em geração, o primeiro filho recebia o brasão com a adição de um pique, o segundo com dois piques, e assim sucessivamente, sendo que o filho mais novo recebia o brasão igual ao do pai, e devia assumir a responsabilidade de cuidar dos pais aquando da sua idade avançada.



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Nau Quinhentista

Esta embarcação é uma réplica das muitas naus fabricadas em Vila do Conde, no séc. XVI, construídas com o intuito de transportar grandes cargas e de suportar grandes arsenais, com tripulações entre os 150 e os 200 homens.

A réplica hoje atracada no largo da marina de Vila do Conde, é três vezes mais pequena que as reais e foi construída com a sabedoria dos vários calafates e carpinteiros Vila-Condenses.

 É hoje um local de atracção turística, onde é possível no seu interior observar figuras, que encarnam as tarefas dos viajantes da altura, levando cada visitante para uma época distinta e possibilitando conhecer as expansões marítimas de forma diferente.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aqueduto de Santa Clara

O aqueduto localiza-se na cidade de Vila do Conde, estende-se entre Terroso, freguesia localizada na Póvoa de Varzim e do Convento de Santa Clara em Vila do Conde.
Construído entre 1705 e 1714, é um monumento de estilo românico constituído por um total de 999 arcos  com o intuito de abastecer o Mosteiro de Santa Clara, visto que os depósitos de água existentes até então se tinham revelado insuficientes para a comunidade do clero existente no espaço.

Em 1626,  D. Maria de Menezes, a abadessa do mosteiro deu o primeiro passo do projecto, dando início á construção da fábrica de obra necessária, no entanto 10 anos passados, as obras eram interrompidas devido a um problema de desnivelamento. Em 1705, com o mosteiro lideradado pela Abadessa D. Bárbara de Ataíde, deu-se início á edificação do aqueduto, completada até ao ano de 1714.

Classificado como Monumento Nacional pelo IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico)  desde 1910, é um dos cartões de visita de Vila do Conde, estando presente por grande parte da cidade, possibilita fantásticas fotos aos visitantes.




Fotos cedidas por Joaquim Gomes - http://web.mac.com/jfagomes